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Mamãe, minha inspiração, meu tesouro, minha emoção.

Profissão Mãe - Crônica sobre o Dia das Mães.


A missão de uma mãe vai além de zelar, cuidar, alimentar e promover o lazer aos filhos.

A mãe é a agente principal na formação do caráter e na educação dos filhos. É do resultado de seu desempenho e dedicação que se forma uma pessoa e um cidadão. Através da relação mãe-filho, cada criança vai construindo sua auto-estima, seus valores, suas crenças e vai demonstrando suas atitudes no meio social.

(Elizabeth Soares / Acessa.com)


Partindo desse princípio, podemos concordar que ser Mãe é uma das profissões mais nobres que existem, porém nem sempre reconhecida. Quando paramos para refletir sobre a rotina de tantas mulheres que se dedicam em tempo integral aos cuidados de um ou mais filhos, exercendo uma carga horária que por muitas vezes chega a ser bem maior do que a de um trabalhador comum, percebemos o quanto que essas SUPERMÃES são profissionais incríveis e de fundamental importância para a sociedade.


Apresentamos a seguir, uma crônica sobre a aventura de ser uma supermãe, escrita por Marcelo Dias, que nos traz de forma bem humorada importantes reflexões sobre a realidade dessas trabalhadoras sem descanso.


Profissão Mãe!


Uma mulher chamada Ana foi renovar sua carteira de motorista. Pediram-lhe para informar qual era sua profissão. Ela hesitou, sem saber como se classificar.


“O que eu pergunto é se tem algum trabalho”, insistiu o funcionário. “Claro que tenho um trabalho” exclamou Ana. “Sou mãe!”


“Nós não consideramos mãe um trabalho. Vou colocar dona de casa”, disse o funcionário friamente.


Não voltei a lembrar-me desta história até o dia em que me encontrei em situação idêntica. A pessoa que me atendeu era obviamente uma funcionária de carreira, segura, eficiente, dona de um título sonante.


“Qual é a sua ocupação?” perguntou. Não sei o que me fez dizer isto. As palavras simplesmente saltaram-me da boca para fora: “Sou Doutora em Desenvolvimento Infantil e em Relações Humanas.”


A funcionária fez uma pausa, a caneta de tinta permanente a apontar pra o ar, e olhou-me como quem diz que não ouviu bem. Eu repeti pausadamente, enfatizando as palavras mais significativas.


Então reparei, maravilhada, como ela ia escrevendo, com tinta preta, no questionário oficial.


“Posso perguntar” disse-me ela com novo interesse “o que faz exatamente?”


Calmamente, sem qualquer traço de agitação na voz, ouvi-me responder: “Desenvolvo um programa de longo prazo (qualquer mãe faz isso), em laboratório e no campo experimental (normalmente eu teria dito dentro e fora de casa). Sou responsável por uma equipe (minha família), e já recebi quatro projetos (todas meninas). Trabalho em regime de dedicação exclusiva (alguma mulher discorda?). O grau de exigência é a nível de 14 horas por dia (para não dizer 24)”


Houve um crescente tom de respeito na voz da funcionária, que acabou de preencher o formulário, se levantou, e pessoalmente abriu-me a porta.


Quando cheguei em casa, com o título da minha carreira erguido, fui recebida pela minha equipe: uma com 13 anos, outra com 7 e outra com 5. Do andar de cima, pude ouvir meu novo experimento – um bebê de seis meses – testando uma nova tonalidade de voz. Senti-me triunfante!


Maternidade… Que carreira gloriosa!


Assim, as avós deviam ser chamadas Doutora-Sênior em Desenvolvimento Infantil e em Relações Humanas, as bisavós Doutora-Executiva-Sênior em Desenvolvimento Infantil e em Relações Humanas e as tias Doutora-Assistente.


Uma homenagem carinhosa a todas as mulheres, mães, esposas, amigas, companheiras, Doutoras na Arte de Fazer a Vida Melhor!


Autor: Marcelo Dias


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